Robot = Slave

Inicia-se o que será uma série de postagens com alguns fatos curiosos sobre algumas palavras do Inglês que – muitas vezes – são usadas em um sentido diferente do original. Palavras comuns, que todos tem absoluta certeza de qual seu sentido mas, como todos já devem ter percebido, um idioma, independente de qual seja, não é algo fixo ou invariável. Línguas mudam, com muita frequência por sinal se pararmos pra pensar, por isso que algumas palavras não são bem o que todos imaginam. O que nos traz ao primeiro exemplo, a palavra robô…

Mesmo quem não tenha conhecimento algum do idioma ou apenas o conhecimento básico provavelmente já se deparou com a palavra robot, e não é segredo que tal termo é o equivalente ao robô em Português. Mesmo quem nunca tenha visto consegue chegar a essa conclusão, não precisa ser nenhum Sherlock Holmes.

Um robô não é algo estranho para a maioria – assim como não é estranho que talvez os robôs exterminem toda a humanidade. Caso alguém pare para pensar na etimologia da palavra (não vejo porque alguém faria isso, mas tudo bem) é provável que pensem na função de um robô como uma ferramenta com um trabalho específico, assim como a furadeira empoeirada que está lá jogada na garagem do seu pai, então talvez a palavra robô tenha o sentido de ferramenta (tool) ou máquina (machine) ou algo do tipo, certo?

Mas a palavra veio de…

“Servitude of forced labor“, servidão de trabalho forçado, uma tentativa de deixar o termo escravo um pouco menos pesado.
A palavra robot é relativamente nova: seu primeiro registro data de 1921, na República Checa. Foi inventada por Karel Capek em uma peça de teatro chamada Rossum’s Universal Robot, que fala de pessoas artificiais construídas com o propósito de serem escravos. Ele nomeou esses seres de “robots” por causa da palavra Checa “robota”, que significa “trabalho forçado”. Esse é um bom momento para ressaltar que a República Checa é próxima à Áustria… País natal do Exterminador do Futuro.

Apesar de na peça de teatro os robôs não terem nada de máquinas (são apenas pessoas fabricadas e sem almas), isso não impede que eles façam o que é esperado de um exército de robôs em qualquer obra de ficção: Dominar o mundo e matar todos os humanos. E a peça termina com um casal de robôs aprendendo a se apaixonar, devendo então repopular esse novo mundo sem humanos.

Quando a peça foi traduzida para outras línguas, o termo robot acabou entrando não só para a Língua Inglesa, e praticamente todos lugares do mundo tem histórias sobre máquinas matando/escravizando a humanidade .